*Rangel Alves da Costa
No meu caso, que também sou advogado, exsurge
um problema de difícil resolução: amigos pedem meus auxílios advocatícios, mas
em situações que sempre mereciam dizer não. E explico o porquê. Ora, de vez em
quando estou na cidadezinha interiorana onde nasci e onde conheço todo mundo e
todo mundo é amigo. A maioria sabe que sou advogado e de vez em quando chega um
e outro querendo que eu advogue para resolver um problema seu. Sendo amigo,
torna-se difícil de dizer não. Mas o problema é que a outra parte, que é do
mesmo lugar, também conta com minha amizade. Fazer o que, então? Por diversas
vezes já disse que não desejo advogar para absolutamente ninguém que seja
conterrâneo, principalmente em situação onde dois irmãos de chão são opostos. A
verdade é que defendendo um, logo o outro ficará com raiva e se tornará
inimigo. E assim de parte a parte. Por isso é melhor ficar distante e sem ao
menos opinar. Mas é difícil demais. Os ofícios advocatícios sempre chamam à
ação.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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