*Rangel Alves da Costa
As priquitinhas estão chegando. Como se
fossem aves de arribação que em determinados períodos do ano migram em revoada,
assim também com as priquitinhas quando se aproxima o período junino. Vindas de
outros estados nordestinos (principalmente Bahia e Pernambuco) e colocadas à
venda nas esquinas, nas calçadas, debaixo das marquises de lojas e por todo
lugar, logo se avista um cordame contendo uma dezenas delas, e cada uma mais
bonitinha que a outra. São de acolhidas sempre prazerosas e aceitas por quase
toda a população que gosta de possuí-las em meio aos festejos juninos. Digo das
priquitinhas de couro cru - ou mesmo sintéticas - que são de vendagem garantida
por toda a cidade. São chinelas baratas, tipicamente nordestinas, em diversos
moldes e modelos, e que quando calçadas provocam uma sensação bucolicamente
interiorana. Verdade que são malcheirosas quando molhadas e que soltam suas
tiras pelo descuido ou utilizadas demais pelos salões forrozeiros, mas tão
barata é que vale a pena ter sempre um par reservado às imprevisíveis
situações. Quanto custa uma priquitinha? Vinte, no máximo trinta reais, dependendo do
couro e do modelo. E elas estão à venda por todos os lugares do centro,
exalando aquele cheiro típico de couro novo e chamando cada pessoa que passa ao
seu desfrute.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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