*Rangel Alves da Costa
A solidão é uma selva de seres pavorosos e aterrorizantes.
Um negrume de gritos aturdidos e alucinantes. A solidão é um coração selvagem
ao avesso, onde os sentimentos tornam-se os mais apavorantes. É uma estepe em
breu e seus lobos uivantes. Um labirinto medonho de sonhos agonizantes. Garras,
punhais afiados, fios lancinantes. Unhas pontudas e presas mortais, voracidades
atordoantes. Botes, ataques, fúrias em rompantes. Carcarás, urubus, gaviões,
carnicentos arrepiantes. E não há como fugir, sequer por instantes. Eis que os
bichos da solidão rondam espírito e alma, sugam as esperanças, destroem os
entristecidos amantes.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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