*Rangel Alves da Costa
Quando eu estiver tão velho quanto o Velho
Chico, e já for apenas um rio escorrido como o Velho Chico, e em mim já não
sirva para navegar senão na memória, serei somente a lembrança do cais, a recordação
dos beirais, os ecos das lavadeiras que não existem mais. Pois quando eu
estiver tão Velho Chico como o São Francisco, e já for apenas o que passou
caudaloso e não transborda mais, serei um Chico Velho como o São Francisco, que
só é amado por quem permaneceu nos beirais cheios de saudades e de esperanças
de novamente passar o que já passou e que não volta mais.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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