SAIA DO SOL E DA CHUVA, ENTRE...

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terça-feira, 1 de novembro de 2011

Sangue de sol (Poesia)

Sangue de sol



Meu corpo queima
tenho sangue de sol
minha alma embrutece
tenho sangue de sol
a minha boca brame
o meu olho faísca
meu passo avermelha
o meu sonho vira cinzas
porque tenho sangue
um sangue ardente de sol

mas não queria
levar a vida esturricando
ardendo e queimando
na labareda delirando
se eu queria também
ter apenas um sangue
vermelho correndo
de um vermelho retinto
igual ao sangue
que certamente teria
se toda minha família
que sou tanto eu sozinho
n ão fosse engolida pelo sol
e pelo sangue do sol.


Rangel Alves da Costa

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