Na relva...
E olhando adiante
um jardim e o horizonte
uma flor e uma revoada
só me cansa o olhar
cansado de tanto esperar
sem um aviso no vento
sem um aviso na brisa
sem o grito da ventania
por isso me deito na relva
ao lado de um girassol
e na sombra da paz
no silêncio do sono
no murmúrio do sonho
sonho que você virá
qualquer dia de outono
num dia tão triste
e de folhas caindo
que o poeta acordará
para escrever que a dor
entristece e morre
assim que seu nome surge
para um poema de amor.
Rangel Alves da Costa
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