Até outro dia
Varei madrugada adentro
tomei chuva e tomei sol
fiquei de pé sem cansar
deitei na rede nua do luar
desespero sem desesperar
esperando você chegar
ouvir de sua boca um falar
e você em silêncio me diz
que não precisava chegar
não precisava sonhar
não precisava nem imaginar
que a mão abriria a porta
que a voz convidaria a entrar
e digo que vou embora
e digo que vou embora
e digo que vou embora
e ao longe grito bem alto
que nenhuma distância
fará perder do amor a alegria
tornará a paixão melancolia
porque a verdade irrompia
digo que vou embora
digo que vou mais volto
digo até outro dia.
Rangel Alves da Costa
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