Veredas de espinhos
Como a vida tão sofrida
queimando de sol chegada e partida
todo caminho sertanejo é meio assim
meio estrada e meio vereda sem fim
um rasgo na terra que o olho avista
passo apressado e nenhuma conquista
mas que se caminha para sobreviver
se cansa e se lanha nesse padecer
procurando chegar ao dia seguinte
sem ter de erguer a mão de pedinte
e procurar sorrir quando a porta abrir
com a filharada chegando a sorrir
dividindo o pão que é tudo que tem
escondendo a fome e dizendo amém
porque o sertão tem sua própria lição
que é maldizer sofrimento pedindo perdão.
Rangel Alves da Costa
Nenhum comentário:
Postar um comentário