SAIA DO SOL E DA CHUVA, ENTRE...

A morada é simples, é sertaneja, mas tem alimento para o espírito, amizade e afeto.



quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Veredas de espinhos (Poesia)

Veredas de espinhos



Como a vida tão sofrida
queimando de sol chegada e partida
todo caminho sertanejo é meio assim
meio estrada e meio vereda sem fim
um rasgo na terra que o olho avista
passo apressado e nenhuma conquista
mas que se caminha para sobreviver
se cansa e se lanha nesse padecer
procurando chegar ao dia seguinte
sem ter de erguer a mão de pedinte
e procurar sorrir quando a porta abrir
com a filharada chegando a sorrir
dividindo o pão que é tudo que tem
escondendo a fome e dizendo amém
porque o sertão tem sua própria lição
que é maldizer sofrimento pedindo perdão.


Rangel Alves da Costa

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