Da janela adiante
Quando te vi
pela última vez
meu amor
estavas viajando
na brisa da tarde
passando defronte
à minha janela
me fiz passarinho
mas meu voo
é curto demais
para te alcançar
então voltei
à janela a esperar
a brisa suave
da tarde seguinte
não sei mais
o que ouve meu amor
mas nem brisa nem vento
nem tarde nem luz
apenas a chuva caindo
e tudo triste adiante
tão frio e molhado
que não sei mais
se dos meus olhos
ou se da tempestade
que se tornou a vida
sem você na tarde
sem você na brisa
sem você no meu olhar.
Rangel Alves da Costa
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