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segunda-feira, 2 de abril de 2012

Da ilusão humana (Poesia)


Da ilusão humana



Cadê o grande ser
senhor das vaidades
encurvado pelo peso
do orgulho carregado
que pensa ser de ferro
que pensa ser de bronze
ter a força do diamante
se o chão sobre os pés
começa a ter rachaduras
se o pedestal onde está
começa a ser destruído
pelo silêncio dos tempos
pela calma dos ventos
pelo gotejar dos pingos
pelos dias e noites
que vão envelhecendo
e igualmente ao metal
que se pensou ser tudo
agora vai enferrujando
no homem já corroído
que ainda vive na ilusão
de que o sopro mais forte
vai lhe deixar em pé.



Rangel Alves da Costa

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