Da ilusão humana
Cadê o grande ser
senhor das vaidades
encurvado pelo peso
do orgulho carregado
que pensa ser de ferro
que pensa ser de bronze
ter a força do diamante
se o chão sobre os pés
começa a ter rachaduras
se o pedestal onde está
começa a ser destruído
pelo silêncio dos tempos
pela calma dos ventos
pelo gotejar dos pingos
pelos dias e noites
que vão envelhecendo
e igualmente ao metal
que se pensou ser tudo
agora vai enferrujando
no homem já corroído
que ainda vive na ilusão
de que o sopro mais forte
vai lhe deixar em pé.
Rangel Alves da Costa
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