Velas do cais
Não mais
jamais
nunca mais
chega de sofrer
de lágrima lilás
quero outro olhar
nas pedras do cais
quero horizonte
e os seus pardais
quero mais...
não mais
nunca mais
fazer do entardecer
motivo de sofrer
querendo viajar
a qualquer lugar
em ventos brutais
nas velas do cais
velas partindo
brisa nos vitrais
nunca mais...
não mais
navegar assim
estrada sem fim
se quero viver
amar e merecer
o amor dessa flor
jardim na ribeira
moça na areia
passos rituais
nesse cais
nesse cais...
quero uma vela
no porto seguro
e ao chegar o escuro
acender a vela
de luz amarela
a nos iluminar
e subir na vela
navegar no leito
amar de um jeito
que o amor pareça
um grande navegar
amanhã aportar
mais amar...
Rangel Alves da Costa
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