Visita ao teu coração
Não sei será noite ou dia
não sei quando nem a hora
não sei se surpresa ou aviso
não sei se eu ou o outro
eu de lembrança sem fim
o outro que ama em mim
mas a qualquer instante
vencendo o medo e o não
vivendo a sina e o destino
visitarei teu coração
com soneto amoroso na boca
buquê de primavera na mão
ladeando de brisa e entardecer
sede insuportável na boca
arrepio ofegante no lábio
desejo ardente no corpo
chegarei diante de tua porta
perguntarei ao teu silêncio
se ali mora um coração
e se me espera para ouvir
o que palavras não sabem dizer
senão o olhar expressando tudo
do quanto amor a oferecer.
Rangel Alves da Costa
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