Cícero Dantas de Oliveira
“Não morre quem nos outros vive...
Não morre quem nos vivos vive...”
Não se tem o que dizer a mais. A realidade é a prova de tudo. Nossos olhos são cúmplices, nossos corações são testemunhas, nossos sentimentos dizem tudo. E o que dizer a mais?
Dizer sim, da eternidade; dizer sim da permanência; dizer sim da absoluta certeza que viverá sempre conosco. Menino Jaminho, tão grande és agora que somente a imensidão de Deus para te abraçar!
Menino Jaminho, o que será ser amigo ou ser irmão se todos agora somos apenas saudade? Contudo, estamos diante de um desses conflitos em saber o tamanho da irmandade ou da amizade que todos tínhamos para contigo. E as coisas boas nunca morrem...
Verdade é que às vezes confundimos se éramos apenas amigos de Jaminho ou se éramos irmãos. Isso mesmo, irmãos, assim como Marlinda e Jainara. Até os dias atuais Gary não consegue resolver isso em sua cabeça. Não consegue sequer madornar. Comigo não é diferente, muito menos com Netinho, afinal com as pessoas amigas dele, isso mesmo dele, Jaminho.
As lagrimas são infinitas. A abrupta perda de um ente querido não é fácil. Não estávamos prontos para sua viagem e nunca aceitaremos essa separação. Ora, meu amigo, jamais haverá separação se agora estamos falando contigo, ao teu lado nessa presença divina que nos chega, junto de ti em cada oração.
A vida mandou um recado, porém, e disse que você teria que partir para outra dimensão. Entraste por uma porta e hoje representa essa estrela fulgurante de saudade. E saudade que dói ainda mais porque sua presença será insubstituível.
Ah! Meu amigo, meu irmão, como você continua presente. Presença marcante na lembrança dos seus sorrisos, suas risadas, suas brincadeiras e seu jeito moleque de ser. Aquela pessoa cheia de felicidade e de amor. Aquele irmão capaz de gerar preocupação, porém, também repletos eram os momentos que nos proporcionava felicidades e alegrias com suas brincadeiras e gestos densos de felicidade, mas felicidade na acepção da palavra, capaz de irradiar qualquer coração. Assim era Jaminho, filho, irmão, esposo, pai e amigo.
Diz o poeta: “Ando devagar porque já tive pressa.
Levo esse sorriso, porque já chorei demais” É assim. A vida é assim. Sabemos que o choro jamais será dissociado do rosto de sua mãe, de suas irmãs, de sua amável esposa e sua filhinha. Talvez nesta última esteja a maior lacuna que deixaste.
Mas também são palavras do poeta:
“Todo mundo ama um dia, todo mundo chora.
Um dia a gente chega, no outro vai embora.
Cada um de nós compõe a sua história.
E cada ser em si, carrega o dom de ser capaz e ser feliz”.
Um dia foi amado entre nós, hoje todos choram sua perda. No dia em que veio ao mundo foi festa e alegria, porém, com sua triste partida só resta tristeza e dor. Mas não são estranhas as palavras da sabedoria. Ele enquanto esteve entre nós compôs a sua história, deixou a sua história, e certamente, será o vácuo que servirá de direção para a sua cria que se encontra entre nós.
Sabe-se também que, o dom de ser capaz e ser feliz encontra-se reinando no coração de cada um, assim todos reunidos jamais iremos deixar que sua ausência seja tão grande que sua filha sinta-se desamparada.
Essa condição é assumida de publico. Jaminho, onde estiver quero que saiba que Sophia será por todos, inclusive por mim, amada e protegida da mesma forma que se encontra o mais alvo, dentre todos, ele mesmo Alvinho, Álvaro, meu filho.
Pois é, devagar serão os passos de sua genitora, a sua pressa em fração de segundos se foi, perdeu-se. Lá se foi Jaminho para a morada celestial, mas certamente estará na Morada de Sião, lá onde todos constroem sua eterna morada ao lado do Pai Eterno.
Ora, ora! O conforto que se achega em nossos corações é a certeza de que as incansáveis orações de sua mãe, sem a menor dúvida, chegaram aos ouvidos do Pai Eterno. E ela como uma boa mãe que foi, é e será, indubitavelmente suas súplicas foram ouvidas pelo Onipotente, onipresente e onisciente e você descansa agora em paz em sua vida eterna.
Faltaria tempo, faltariam folhas e até mesmo tinta na caneta, mas jamais faltarão motivos para falarmos de você, para falarmos em você. E, como, vivemos controlados pelo tempo, sabe-se que o meu aqui se exauriu de forma imperceptível, finalizando quero dizer:
Como me confidenciou o seu primo Rangel, Jaminho é um livro, uma história bonita que a vida já leu. Cabe a nós reescrevê-lo sempre em nossos corações.
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