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terça-feira, 16 de abril de 2019

O PERIGO QUE RONDA NOSSOS ALUNOS (A QUASE TRAGÉDIA DE HOJE NO COLÉGIO MENINO DEUS)



*Rangel Alves da Costa


O Colégio Municipal Menino Deus, localizada ao redor da Praça Frei Damião, na cidade de Poço Redondo, hoje viveu momentos difíceis e desesperadores, e no momento em que professores e alunos faziam um evento alusivo à Páscoa.
Após o ocorrido, então um texto foi escrito relatando o ocorrido e dando conta da situação desesperadora entre todos, envolvendo crianças chorando, alunos trancados no banheiro para se proteger, muitos gritos pedindo para não morrer, enfim, uma difícil e até indescritível situação.
No texto, afirma-se até que o aluno agressor tentou invadir o banheiro para vitimar os alunos, que a diretora enfrentou corporalmente o agressor até desarmá-lo, e que a situação só foi resolvida com a chegada da polícia.
Contudo, segundo Geno Vito, vigilante que a tudo presenciou e que até chegou a confrontar o aluno, os acontecimentos foram mesmo amedrontadores, porém ocorridos de forma diferente do relatado no escrito postado nos grupos de notícias e nas redes sociais.  Eis, então, o que diz Geno Vito:
“A professora Sônia domou ele sim, pois ele atendeu a ela, mas já no final. Ninguém bateu em ninguém. Ela pediu a faca e ele deu, aí a polícia chegou. Era uma faquinha de mesa que ele pegou na cantina. [...] Teve esse tipo de terrorismo sim, mas quem primeiro pegou ele foi eu, o vigilante. Ele pulou o muro pra dentro da escola, eu pedi pra ele sair e ele saiu. depois pulou o muro sem eu perceber, então os alunos me disseram que ele tava pulando o muro. Eu fui, pedi pra ele sair e ele disse que não saia, aí invadiu em cima deu, tentou a me bater. Aí eu peguei. Quando eu peguei. Quando eu peguei, aí os alunos vieram e me ajudaram. Ele novo, as professoras chegaram e ainda rolaram com ele pelo chão, mas ninguém bateu em ninguém. Ele tomou das mãos da gente, entrou na cozinha, pegou a faca de mesa lá. Eu tentei evitar, mas não teve como. Ele ameaçou me furar. Aí nos saímos ajeitando, aí a professora Sônia chegou, conversando com ele pediu ‘D... me dê a faca, D... me dê a faca’. Ele entregou a faca pra professora. [...] Eu presenciei do começo ao final. É bom que todo mundo saiba a história como foi. A polícia chegou, a gente foi todo mundo pra delegacia depor na delegacia de Canindé de São Francisco. Eu, a direção da escola, o Conselho Tutelar, os pais dos alunos que ele queria matar, o pai do agressor também foi. E a história foi essa”.
Como visto, relatos aproximados e todos dando conta de um fato verídico e aterrorizante acontecido na tarde desta terça 16 de abril, e envolvendo uma escola repleta de crianças e adolescentes, além de professores e funcionários. E realmente faz lembrar outras tragédias acontecidas e que tanto abalaram o país.
Mas não é a primeira vez que fato dessa perigosa magnitude acontece naquela unidade escolar, pois no passado o sangue já jorrou por todo lugar, quando um aluno foi esfaqueado até a morte.
O fato passado foi, infelizmente, reacendido agora, numa época de tragédias apavorantes. Mas que tanto o fato passado como o de agora sirva de lição para que seja repensada a segurança das unidades escolares de Poço Redondo e por todo lugar.
Difícil dizer, mas somente após os acontecidos é que a polícia chega. E bem poderia, ao menos de vez em quando, estar dando uma passadinha pelos arredores da unidade escolar. E, internamente, que a segurança seja aumentada. Mesmo sem o uso de armas, um maior número de seguranças certamente deixará nossos alunos muito mais protegidos.


Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

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