A festa
E vejo que o salão
continua vazio e triste
e ainda não vieram abrir
as janelas e portas
nem deixaram que o vento
varresse as saudades deixadas
pela última comemoração
vejo somente uma mesinha
esquecida num canto qualquer
e uma garrafa de vinho envelhecido
e uma taça reluzente de cristal
e uma cadeira tristemente vazia
e uma solidão que entristece
a me chamar para valsar tal solidão
venha dançar meu amor
brindaremos hoje o reencontro
e aquilo que nunca fomos
e queremos ser qualquer dia
assim que essa festa acabe
e eu não me embriague novamente
de tanto te esperar para a festa
do meu coração solitário.
Rangel Alves da Costa
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