Carnaval
E o que é a vida
senão uma escola que passa
uma multidão que disfarça
uma máscara pisada no salão
nuvens de confetes e serpentinas
foliões adormecidos nas esquinas
gente que volta da folia
passista da vida fingindo alegria
hoje tem fantasia e pó
hoje ninguém está só
hoje está tudo enfeitado
hoje todo mundo abraçado
e amanhã o que terá
a vida a acordar
a máscara para guardar
a realidade enfrentar
a vida para brincar?
juro que sou folião
rodopio neste salão
e quanta satisfação
não ser palhaço de mim
não fingir minha solidão
ser apenas o que sou
brincante da ilusão
mas sem a máscara cair
e a face rolar pelo chão.
Rangel Alves da Costa
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