*Rangel Alves da Costa
Burrices. Incoerências. Punhal contra o
próprio peito. Ora, se pago caro um plano de saúde para o caso de adoecer,
logicamente com medo de morrer, então por que diria não a uma vacina que vem
como salvaguarda da vida? Se estou com dor de cabeça, procuro um remédio. E se
nada encontro, logo procuro uma farmácia, e tudo isso para acabar com a dor
passageira, e vou me negar a tomar uma vacina que pode a vida salvar? Se tudo
faço para não adoecer, não saio na chuva para não gripar, não me exponho
demasiadamente ao sol para evitar problemas, tenho medo de escorregar e cair,
evito os perigos que as provocam, e então por que eu diria não que vem como
escudo contra as ameaças de um vírus medonho? Pensar diferente é como imaginar
que remédio presta, que a medicina salva, que a ciência traz na bula um viver
melhor, menos a vacina. Negar a vacina, negar a sua necessidade, negar a sua
urgência na vida de cada um, é também negar a si mesmo. Se na infância eu
chorava por medo da vacina no postinho de saúde, agora eu até posso chorar
porque não chega logo a minha vez de ser vacinado.
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