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terça-feira, 12 de julho de 2011

Nome e sobrenome (Poesia)

Nome e sobrenome



Na pele com jeito e cor de terra
massapê misturado com barro batido
trago esse chão herdado de meu pai
no jeito sertanejo e triste de ser
esperançoso que tudo será melhor
trago essa simplicidade da minha mãe
e trago também um embornal no coração
uma manhã de sol ardente nos olhos
uma tarde sedenta e faminta na boca
uma vontade de seguir adiante no passo
encorajamento e vontade em tudo que faço
e tudo isso trazido do sangue familiar
que em mim tem nome e sobrenome
e tudo se chama a parte que ainda sou
o que trouxe comigo e tão pouco restou
mas também já existente e que vai ficar
nos meus filhos, netos e os que virão
para que o tempo não destrua o que somos
alimentando o sangue que ainda seremos.


Rangel Alves da Costa

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