Nunca mais
Nunca mais nada
daquilo que tanto tive
beijos e abraços
palavras e sussurros
toques e encontros
mais nada nesse corpo
que era minha estrada
e nunca mais
mais nada
nem um olhar
nem a pousada
nem o ficar
nem a noitada
nem o luar
nem a madrugada
e tão carente vivo
que me bastaria
um simples olhar
dizendo que venha
trazendo uma cantiga
canto de toada
uma flor na mão
uma flor rosada
para o seu cabelo
mas nada
nem um espinho
nada.
Rangel Alves da Costa
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