Desse
amor navalha
Será o amor além de um conceito amargo
feito punhal voraz para ferir o peito
como navalha viva de filete vermelho
como estampido de um projétil cego
ou a morte horrenda de batom vermelho
o que está oculto no seu conceito pérfido
que esconde a vileza por trás do sorriso
que beija na boca espargindo venenos
e enudece e deita na cama para a traição
pois ama somente a emboscada mortal
e derrama flores sobre os restos de tudo
e crava os espinhos nas sobras do corpo
para depois entre vanglórias e fingimentos
em escárnios dizer que amei o amor do mundo
mas depois de dizer apenas pisa nas cinzas.
Rangel Alves da Costa
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