Amor na estrada
A manhã já se enche de sol
o pomar está sem frutas e sem cor
o sonho da noite voou da janela
não há mais o que fazer agora
senão viver o que a vida oferece
ou construir o que achar merecido
até agora esperando a porta abrir
todos os dias olhando a estrada
um sorriso encontrado no espelho
um velho batom e um diadema
água de colônia e uma bijuteria
quem dera a vida ter mais alegria
o retrato hoje sorriu diferente
o silêncio amarelado agora é voz
a moldura diz que abra a janela
que vista aquele vestido de chita
seja a mais cheirosa e bonita
o amor vem no cavalo do tempo
enfim quantos braços em abraços
amor e alegria juntos em compasso
não enlouqueceu de tanto esperar
e esperou na certeza desse dia chegar
nunca morre o amor verdadeiro
não some no vento o perfume do amar.
Rangel Alves da Costa
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