Amor ausente
A fotografia naufragou
as cartas morreram em silêncio
o pensamento não suporta pensar
lancina e corta a dor da ausência
que o meu grande amor
não me chegue na brisa da tarde
nem no perfume da primavera
dói demais revivê-la assim
apenas como flor ou aragem
quando a cruel distância
torna-me silencioso e triste
ah, amor meu amor quem dera
que o pássaro que passa por mim
me desse o seu passo de asas
e não teria de subir à montanha
e implorar por Deus a sua presença.
Rangel Alves da Costa
Nenhum comentário:
Postar um comentário