Amar e errar
Amei
na imensa certeza de amar
imaginando ser eterno o amor
até que do silêncio fez-se o grito
e o grão que passava na ventania
tornou pó o que era indestrutível
é você...
não, é você...
você errou...
não, a culpa foi sua...
chega...
acabou...
basta...
eu não amava mesmo...
eu já não lhe suportava mais...
Desamei
como o vinagre que bebi pelo vinho
como a chuva que queimou minha pele
e tudo porque não quis acreditar
que o amor tem limite e fronteira
tem o momento de ser e morrer
depois do sacrifício
e da coragem de dizer do sofrimento
reconhecemos nossos erros
o todos os erros existentes no amor
como o vácuo em que se sustenta
e ainda assim quer ser demais
vaidades no amor...
egoísmos no amor...
soberbas no amor...
erros...
todos os erros no amor...
reconhecemos nossos erros
perdoamos e nos perdoamos
sabendo das nossas fragilidades
dos limites em que nos amamos.
Rangel Alves da Costa
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