Amar como ofício e arte
O amor não nasce bruto na natureza
não pode ser recolhido e transformado
como a madeira em sua aspereza
senão colhido onde é encontrado
em estado de limpidez e pureza
o olhar que recolhe o amor
sem que mãos possam ainda tocar
logo imagina a forma que vai dar
nessa arte do coração a moldar
para a obra-prima se revelar
a criação transformada em amar
e depois que minha mão de artesão
se prepara para o ato de criação
passeia com o cinzel que manejo
talhando a boca querendo um beijo
obra de arte de puro desejo.
Rangel Alves da Costa
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