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A morada é simples, é sertaneja, mas tem alimento para o espírito, amizade e afeto.



sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Cajá, mangaba e araçá (Poesia)

Cajá, mangaba e araçá



Nunca mais fui moleque bom
nunca mais fui caçar fruta madura
para matar minha fome
e saciar minha vontade de morder
nunca mais fui buscar na natureza
o que tanto a minha natureza precisa
e tudo isso porque um dia
colhi a fruta errada e provei

morangos, maçãs e goiabas
são venenos para quem ama
quem morde um morango
parece sangrar ao redor da maçã
e da goiaba nem gosto de falar
pois tenho vergonha de certas coisas
por isso procuro sempre
caminhar um pouco mais pela mata
e poder encontrar frutas diferentes
umas que não se come na hora
outras que servem apenas para tocar

por isso caminho procurando
cajá, mangaba e araçá
não sei por que tanta vontade estranha
pois o cajá é procura que cansa
mangaba só quem sabe colher
e araçá quase não existe mais
e eu querendo saborear você
sabor único do amor impossível
como ter agora cajá, mangaba e araçá.


Rangel Alves da Costa

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