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quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

UM POVO QUE CHEGA E VAI DESTRUINDO (Crônica)

UM POVO QUE CHEGA E VAI DESTRUINDO

Rangel Alves da Costa*


Dizem que onde goleiro pisa não nasce mais grama, onde a cabeceira do riacho é destruída não corre mais água, aonde chega a televisão acabou a inocência, aonde não há mais chão não nasce mais planta. Com os sem-terra é a mesma coisa, aonde eles chegam não presta mais nada.
Digo sem medo de errar, que aonde chega um líder desse movimento, vai olhando e observando, depois começa a reunir pessoas, trazendo-as não se sabe de onde, e logo começa a invadir latifúndios, pastagens e até quintais, não restará mais nada naquela região que se aproveite.
Perece coisa ruim, amaldiçoada, mas aonde eles chegam vai embora o sossego, a paz, as amizades, a comunhão entre pessoas da terra e que historicamente se conhecem. Aonde eles chegam e armam uma tenda não haverá mais segurança, não mais existirá vizinhança, vão sumindo os relacionamentos de compadres e comadres, amigos e conhecidos.
Parece coisa feita, trabalhada com as sete ervas da destruição, mas aonde eles erguem um barraco e colocam a bandeira vermelha é sinal que toda a região vai passar a viver continuamente ameaçada. Ameaça de olhos de quem bem sabe saquear e destruir, andar armados sem que nenhuma providência seja tomada, invadir cidades, prédios e o que quiserem como se estivessem sempre acima da lei.
O primeiro fator que se assoma negativamente a esse povo destruidor que chega em nome da luta pela reforma agrária, da transformação dos latifúndios improdutivos em lotes produtivos, é a mentira que caracteriza os propósitos do movimento. É preciso, antes de tudo, que haja resposta para algumas questões básicas, como as aduzidas a seguir:
Quanto trabalhadores sem-terra realmente existem em cada nova invasão? Quantos realmente estão sem terra para trabalhar, plantar e colher? Qual a origem desse povo, seus antecedentes, suas reais carências e necessidades, suas verdades e suas tantas mentiras? Quantos destes não estão fazendo apenas uma nova invasão, vez que já desfizeram daqueles lotes anteriormente conseguidos?
E indago ainda: Quais os reais objetivos da maioria desses ditos sem-terra assim que conseguem o que desejam? Será que mais uma vez será vender o lote na próxima estação, trocar por um carro velho ou uma motocicleta? Qual o valor que tem a terra para esse povo forasteiro e desonesto que comprovadamente não gosta de trabalhar?
E pergunto mais: Com quantas cestas de alimentos, outros produtos vindos dos organismos governamentais, além de linhas de crédito para produzir, se faz um assentado? A produtividade observada nos assentamentos é coerente e está nos limites das expectativas com as tantas verbas concedidas para manter um povo que não quer nada com a vida?
Por fim, ainda questiono: Quais são as leis que terão o poder de normatizar as condutas desse povo violento, que só anda armado, fazendo assaltos e saques, ameaçando as pessoas da terra, invadindo o que bem quiserem? Existirá lei para os sem-terra?
Enquanto não houver respostas para tais questionamentos, continuo afirmando e reafirmando que os sem-terra, invasores e assentados, na sua grande maioria, são as maiores mentiras já oficialmente implantadas nesse país irresponsável e de irresponsáveis.
Defender tais movimentos e, romântica e mentirosamente, querer fazer pulsar um coração socialista é querer fundar na consciência um partido da vagabundagem.




Poeta e cronista
e-mail: rangel_adv1@hotmail.com
blograngel-sertao.blogspot.com

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