SAIA DO SOL E DA CHUVA, ENTRE...

A morada é simples, é sertaneja, mas tem alimento para o espírito, amizade e afeto.



domingo, 5 de junho de 2011

Meu sangue (Poesia)

Meu sangue


Olha o meu sangue
não é líquido nem vermelho
é duro feito barro queimado
é tempo moldurando um espelho

olha o meu sangue
possui feição e olhar do passado
parece com os pais dos meus pais
parece sangue apenas renovado

olha o meu sangue
como fala e quanto chora
relembra uma vida de lutas
no rastro de ontem e de agora

olha o meu sangue
tem o nome bonito do meu pai
tem minha mãe no sobrenome
força que sofre mas não se esvai

olha o meu sangue
por ele navega uma família
laços, traços, tantos irmãos
rumo ao que sou nessa ilha.


Rangel Alves da Costa

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