Sertão
sertanejo
Sou do sertão
quero um grão
minha gente
quer a semente
plantar no chão
o pedaço de pão
a noite molhada
a doce florada
o broto surgindo
a pobreza sorrindo
o milho em pendão
a rama do feijão
ali uma melancia
e quanta alegria
tanta esperança
em cada criança
e amanhã talvez
chegará a vez
da comida no prato
e não mais o retrato
da tristeza de um dia
aquela tanta agonia
que fazia chorar
tudo ao deus-dará
até que a oração
foi ouvida em clarão
relâmpago e trovão
trovoada no sertão
o canto da natureza
tão singela beleza
a vida renascida
na paz tão merecida.
Rangel Alves da Costa
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