Poema da Distância
São os olhos que desejam
Encontrar uma miragem no infinito.
São as mãos que buscam no vazio
Tocar a essência dessa miragem.
São os pés que desesperadamente correm
Para alcançar o oásis da miragem inexistente.
É a boca ressequida pelo grito vazio
Que vai ecoando de miragem a miragem.
E o corpo inteiro,
Que já cruzou caminhos e fronteiras
Nessa busca infinita,
Agora repousa cansado
De chorar a tua morte.
Quem dera ser miragem
Essa inesperada viagem.
Rangel Alves da Costa
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