Um sertanejo
Um alforje de caçador
um chapéu de couro
um lanho na face antiga
alpercata de couro cru
um olhar flamejante de sol
embornal e cabaça d’água
um destino sertanejo
de cavalo agalopado
pelas veredas de espinho
vaqueiro do seu destino
tangendo a boiada
da dura sobrevivência
ser tão sertanejo ser
com mãos grossas e rudes
acaricia a terra e a luta
com passo torto e sofrido
vence o labirinto medonho
para alimentar um mundo
mas alquebrado da guerra
se deita cansado na rede
para sentir a vida que passa
e jamais ser reconhecido
na semente que plantou
na história que construiu.
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