Flor
de amanhã
Pássaro solitário e de incerto voo
um anjo sem asas na imensidão
pluma ao sabor do vento atroz
folha seca caída na última estação
no peito aflito a tristeza algoz
esperando o amor como a redenção
assim vivi ontem e noutros dias
cultivando o jardim de única flor
um jardineiro afastando agonias
tendo no peito esperança e fervor
de afastar tempestades e ventanias
para colher uma manhã de amor.
Rangel Alves da Costa
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