SAIA DO SOL E DA CHUVA, ENTRE...

A morada é simples, é sertaneja, mas tem alimento para o espírito, amizade e afeto.



domingo, 2 de outubro de 2011

Às vezes o vento... (Poesia)

Às vezes o vento...




Que me venha a tarde
que me venha a janela aberta
que me chegue a saudade
que me aflija essa descoberta
mas me chega esse vento
trazendo folhagem e tormento
e às vezes esse vento
querendo aumentar meu sofrer
traz no ar seu perfume
a sombra que tenho ciúme
às vezes o vento
por não seguir adiante
me traz sua boca e semblante
roça teu cabelo no meu
sopra um segredo só teu
e outras vezes o vento
despindo sua roupa inteira
esconde o corpo de brincadeira
fazendo a boca vermelha sorrir
me tira o sabor que quero sentir
e quando o vento voltar
pedirei para distante me levar
ligeiro a qualquer lugar
feito folha seca sem destino
em busca de tuas asas
nesse mundo pequenino.


Rangel Alves da Costa

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