SAIA DO SOL E DA CHUVA, ENTRE...

A morada é simples, é sertaneja, mas tem alimento para o espírito, amizade e afeto.



quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Do mesmo sangue (Poesia)

Do mesmo sangue



Me adesculpe
meu aió, meu gibão
não arrepare
nesse calo na mão
não se admire
com essa triste feição
não se desgoste
com a pouca educação
não recrime
se não tenho instrução
não olhe assim
pro meu olhar solidão
não arrelie
se não peço perdão
por ser mais rude
do que pedra no chão
é que não sou
dessa vida aqui não
meu caminho é outro
sou lá do sertão
minha vida é outra
é o viver do sertão
mas se entender a genética
desse mundo cristão
pode me aceitar assim
que sou seu irmão
é que toda família
se espalhou feito grão
uns vivem por aqui
e outros lá no sertão
todos do mesmo sangue
quer queira quer não.



Rangel Alves da Costa

Nenhum comentário: