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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Certidão (Poesia)

Certidão



Tá lá escrito e passado
papel de milho enrolado
no baú de toda memória
documento e tanta história
certidão de nascimento
da verdade o juramento
registro de bom sertanejo
saudade que eu revejo
prova maior do orgulho
que do passado vasculho
cortina que se descerra
pra ter como mãe a terra
ser filho da boa semente
irmão da planta carente
neto da velha catingueira
primo da flor rasteira
tão bela e tão faceira
família que vai pra feira
num cesto de caroá
fartura de não voltar
pois muitos desses parentes
nasceram pra alimentar
e eu como simples grão
sonho em vingar nesse chão.


Rangel Alves da Costa

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