Das
coisas simples
Um dia avistei o araçá
e vi apenas uma frutinha
pequenina e insignificante
até aquele instante
e assim também avistei
coisas simples e diminutas
quase retalhos e grãos
que apenas deixei passar
mas um dia mordi o araçá
senti o pingo de chuva
e mirei a lua e o vaga-lume
e na simplicidade a lição
que nada existe ao acaso
e nada é tão pequenino
ou que não mereça atenção
como a voz silenciosa
que tudo fala no coração.
Rangel Alves da Costa
Nenhum comentário:
Postar um comentário