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terça-feira, 21 de junho de 2011

Tempo de ontem (Poesia)

Tempo de ontem



Um dia ganhei a felicidade
calça comprida e cinturão
dois contos de réis na carteira
cabelo de brilhantina cheirosa
pente e espelho dentro do bolso
perfume perfeito e eterno
daqueles que cheiram doce
e sapato lustrado de bico fino
já era praticamente rapaz
nem lembrava do menino
que continuava ainda sendo
mas agora com outro destino
a porta se abriu e olhei adiante
e tudo que eu mais queria
parecia ainda muito distante
que era ter em meus braços
a menina mais linda do mundo
pra beijar com mil abraços
namorar e casar num segundo
da inocência ser semelhança
e minha mãe chamar pra dormir
sua apaixonada e eterna criança

e esse tempo tão belo e puro
tempo de pai, de mãe e de lar
ainda não mostrava o escuro
desse caminho na solidão a caminhar.



Rangel Alves da Costa

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