Uma casinha, um canto...
De longe é coisa de não se ver
ou se ver e não acreditar
que no meio da natureza
se esconde a beleza de um lar
imenso vão de estreiteza
imenso lugar de morar
de uma gente com afoiteza
de uma gente a sonhar
que não sabe o que é tristeza
que não vive a se lamentar
família da mais alta nobreza
que no sertão possa encontrar
pois rica de cama e mesa
fortuna de jamais acabar
com esperança na sobremesa
com luta do café ao jantar
pedaço de pão com singeleza
do mato a caça que avistar
bonito viver sem torpeza
vida que podem levar
sem negar tanta pobreza
no ranchinho que é o lar
telhado de lua e surpresa
porta sempre mandando entrar
estou vendo o humilde povo
estou avistando o lugar.
Rangel Alves da Costa
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