Destino
Quando eu era passarinho
soltava asas ao vento
e pousava em qualquer ninho
assim que me tornei um varal
me recolhi à angústia e solidão
e fiquei esquecido em quintal
e quando eu me tornar gente
além da pedra que tenho sido
talvez eu seja mais carente
e será o momento de pedir
para ser face da folha morta
e no fim do outono partir.
Rangel Alves da Costa
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