SAIA DO SOL E DA CHUVA, ENTRE...

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sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Noturnas revelações (Poesia)


Noturnas revelações


As flores morrem em silêncio
a pétala jaz no leito da noite
sem que borboletas e colibris
chorem o pranto da ausência
e também morram de saudade

não deixai meu amor que assim aconteça
não deixai que o voo noturno nos afaste assim
nem que eu tenha de ter asas para segui-la
no desvão da saudade e da dor imensa

o orvalho some ao chegar o sol
os girassóis morrem ao entardecer
as lágrimas secam depois do lamento
e a vida se faz e desfaz em gritos
de tantos desamores e tantas saudades

por isso não deixai meu grande amor
que nada nos distancie ou nos separe
jamais permita que as traições das horas
nos encontre afastados um do outro
e sem as bocas e corpos nos revelando à vida.


Rangel Alves da Costa

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