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domingo, 13 de julho de 2014

TRISTE DESPEDIDA DE UMA SELEÇÃO PERDIDA


Por Antonio José de Oliveira*
Originalmente publicado em http://blogdomendesemendes.blogspot.com


Antonio José de Oliveira
Qual legado deixou a COPA para esta Terra brasileira de torcedores de tamanha empolgação e de crianças que entusiasmadas expressavam-se em gritos, suplicando por vitória?         
A expectativa do povo brasileiro era mui grande, ainda que, pagando um preço elevado pelo ingresso para assistir uma possível conquista da seleção que já foi conhecida como uma das melhores do globo terrestre!   
O nobre escritor sergipano, Doutor Rangel Alves Costa em um artigo intitulado TRISTE BRASIL, datado de 9 do corrente mês, registra: “A seleção brasileira perdeu, e perdeu feio para a Alemanha. (...) E quem perdeu mesmo foi o povo brasileiro, a imensa massa de torcedores que ainda tinha no seu selecionado algo bom em que acreditar”. (...) “E com a lamentável derrota se foi também a autoestima e a esperança”.         
Pergunto: E agora, se a principal referência do Brasil no Exterior era o futebol. O futebol de Pelé – o futebol de Garrincha etc. etc.? Qual a impressão que os povos de outros países passarão a ter do profissionalismo futebolístico da nossa Terra? Qual o sucedâneo que venha amenizar uma tão grande derrota, e qual a explicação que daremos, se os próprios atletas não tiveram palavras para explicar o “apagão” de quatro gols em apenas SEIS minutos, no confronto em que o Brasil foi derrotado por sete a um pela Alemanha e, na tentativa de ir para o terceiro lugar, a Holanda não deu o direito da seleção brasileira efetuar um único gol apenas, e sim, aplicou-lhe três gols?         
Os torcedores brasileiros tiveram um excelente comportamento; encheram os estádios e, até o último instante do fracassado jogo Brasil/Holanda, estavam sentados na arquibancada do MANÉ GARRINCHA, que custou  - segundo o site esportes.estadão.com.br, aproximadamente UM BILHÃO E MEIO de reais, dos mais de VINTE E CINCO BILHÕES que foram investidos em todo contexto das obras da Copa.         
Afirma ainda o referido escritor e advogado (Rangel Alves Costa) que, “não sabe o que os pais daqueles garotinhos da propaganda (“Tenho oito anos e nunca vi o Brasil ser campeão. Quero ver a seleção ser campeã. Brasil joga pra mim. Joga pra mim!”) disseram aos seus pequenos torcedores” – Blograngel/sertão.         
O renomado Jornalista Galvão procurou narrar o jogo Brasil/Holanda com todo entusiasmo, mas tenho certeza que seu emocional estava abalado, após a tão grande derrota de sete a um da disputa anterior, a não ser que seu preparo psicológico e experiência sejam tão elevados que o sentimento se oculte enquanto realiza a narração.
Na minha opinião – embora valor nenhum tenha -, um evento de um grandioso porte como é o caso da COPA DO MUNDO, só deveria ser realizado num país onde o dinheiro estivesse sobrando nos cofres do Governo e no bolso do povo. Mas, num país onde as pessoas estão morrendo nos corredores de muitos hospitais públicos e onde a educação está muito aquém do necessário, para que haver copa?        
As prioridades para o nosso povo deveria ser a saúde, educação e segurança. Será que estamos tendo tudo isso?       
Nos Estados onde existiram jogos, a educação no Brasil nas escolas públicas parou por aproximadamente 40 dias. Ainda que digam que a programação escolar foi efetuada dentro dos conformes, conheço escolas que a esta altura do “campeonato”, (início já do segundo semestre), os alunos fizeram provas apenas da primeira unidade. E, qual o tempo que haverá para os professores aplicarem provas de três unidades neste segundo semestre? Será que os profissionais da educação, por mais dedicados que são, conseguirão introduzir na mente dos alunos uma carga de conhecimento de três unidades num tempo tão limitado? Se tal proeza acontecer, e o alunado conseguir um aprendizado de qualidade, deixo desde já os meus sinceros parabéns para os meus caros colegas.
E, será que, os postos de saúde e hospitais públicos terão toda assistência no tocante aos recursos necessários para um atendimento razoável aos que a eles recorrem neste nosso vasto e querido Brasil? ESPERO QUE SIM!


* Antonio José de Oliveira é baiano da cidade de Serrinha, e é pesquisador do cangaço.

Um comentário:

Anônimo disse...

Pois é caro Doutor Rangel Alves Costa, a COPA terminou; a Alemanha foi vitoriosa - por merecimento -, o Brasil levou a DERROTA, também merecida, logo que, nem mesmo os seus atletas souberam explicar o porquê de um fracasso, onde em SEIS minutos, receberam QUATRO gols, e que o próprio Filipão denominou-o de "apagão", no jogo com a Alemanha.
Agora eu lhe pergunto: O Brasil estava em condições de bancar um evento deste quilate, quando a saúde está estrangulada e a educação deixa a desejar? A copa não deveria ser realizada num país onde os cofres públicos estão recheados e onde o povo não passa necessidade? DEIXO A PALAVRA COM OS EXPERTS NO ASSUNTO.
Antonio Oliveira - Serrinha