*Rangel Alves da Costa
Sim, amar é bom, é grandioso, é maravilhoso.
Mas também traz tanto problema. Amar engrandece, traz alegria, contentamento e
felicidade. Mas causa tanto desassossego. Amar cativa, une, conjuga e torna
maior cada ser humano. Mas de vez em quando causa um aperreio danado. Amar é
doce, é gostoso, sempre faz querer mais. Mas também se dana em ser fel, veneno,
amargoso demais. Amar é poesia, é brisa da tarde, é canção de vento. Mas também
a tempestade, o temporal, o vendaval. O problema todo está em seu vivenciamento
a dois. Como ninguém ama verdadeiramente sozinho, então tem que dividir seus
sentimentos com outro. Então, ao invés de cada vez mais unir, tudo pode
desandar. Um pensa assim e o outro não, um quer assim e outro não, um faz uma
coisa e outro não gosta, e assim por diante. Mas no próprio amor há uma danada
chamada paixão que desanda tudo. Quem disse que paixão é amor? É não. De jeito
nenhum. É sofrimento com feição de coração e punhal afiado contra o próprio
peito.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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