*Rangel Alves da Costa
Não há ser humano mais deplorável que o
bajulador. Puxa-saco, bajulador, baba-ovo, tudo a nojeira em forma de gente. Um
povo que se compraz em viver beijando os pés do poder, do cargo, da função. Um
povo que sente prazer em defender o indefensável e mentir sobre verdades.
Conheço muitos assim. Para estes, a perfeição está no chefinho, ninguém pode
criticar o chefinho, qualquer palavra desonrosa para o chefinho é como se desse
uma punhalada no seu peito. Lambe-botas, servil, submisso, escravo de uma
mixaria que recebe. O preço de uma honra não conhecem, mas conhecem demais o
preço vil da subserviência. Nas redes sociais, as disputas são acirradas entre
os bajuladores. Se um posta uma bajulação, então vem outro se esmerando ainda
mais no baba-ovismo. Mas de uma coisa eles são bons: de leitura. Todo bajulador
lê o texto inteiro, e duas vezes ou mais. E tudo para ver se encontram um
tantinho assim para ir correndo contar ao chefinho.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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