*Rangel Alves da Costa
Por mais que os preços altos tenham alcançado
todos os produtos, por mais que não se consiga mais comprar nem a metade do que
se comprava a dois meses atrás, a feira não deixa de ser um lugar interesse e
maravilhoso para ser visitado, visto, percorrido, usufruído em tudo, e principalmente
se se tratar de feira interiorana. É na feira interiorana que se encontra do
bom e do melhor, do inusitado ao conhecido, do antigo ao moderno. Ainda tem
cordelista pendurando seu cordel em barbante. Ainda tem retratista e engraxate.
Ainda tem vendedor de pomadas e poções para a cura de tudo. Ainda tem panelada
de carne frita, de carne de bode, de fígado acebolado, de rabada e sarapatel.
Ainda tem fava, feijão de corda, pimenta verde, melão do mato, quixaba, pinha e
Ouricuri. Tem bolo de feira, tem macasado, tem manopa, tem arroz-doce e
mungunzá. Tem de tudo. Até que pode faltar dinheiro, mas certamente os olhos se
encantarão. E uma cachaça com raiz de pau custa quase nada.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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