O ser e o nada
Nasci numa cuia de cobre
num dia de puro ferro
na cor da madeira de lei
com veias de largo aço
em tudo o agudo metal
menino inquebrantável
disse o ferreiro do lugar
que me forjou a lâmina
da espada da coragem
companheira de toda vida
venci lutas e batalhas
fiz ajoelhados os inimigos
ergui a bandeira do reino
no mais alto da existência
até chegar na ventania
o sopro voraz da idade
e as marcas que enferrujam
os seres inquebrantáveis
e ser ainda ameaçado
pelo frágil relógio do tempo
e o seu segundo final.
Rangel Alves da Costa
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