Espelho
d’água
Lua espelhada n’água
noite queimando na frágua
um poema querendo brotar
no leito que adiante deságua
e corre e escorre a palavra
na vazante do lábio molhado
um espelho d’água na boca
verso em flor transformado
uma luz reluzente ao luar
uma fonte cheia de desejo
espelho d’água a se derramar
no corpo molhado de beijo.
Rangel Alves da Costa
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