SAIA DO SOL E DA CHUVA, ENTRE...

A morada é simples, é sertaneja, mas tem alimento para o espírito, amizade e afeto.



segunda-feira, 7 de abril de 2014

PALAVRAS SILENCIOSAS – 572


Rangel Alves da Costa*


“Tô com saudade do cheiro...”.
“Do aroma e do perfume...”.
“Das fragrâncias do meu sertão...”.
“Cheiro de manhã passarinheira...”.
“Cheiro de mato na estrada...”.
“Cheiro de bicho do mato...”.
“Cheiro além da montanha...”.
“Cheiro de chuva caindo...”.
“Cheiro de terra molhada...”.
“Que perfume bom...”.
“Que aroma lembrar assim...”.
“Cheiro da poeira da estrada...”.
“Cheiro do suor da luta...”.
“Cheiro da cachaça em infusão...”.
“Cheiro de angico e aroeira...”.
“Cheiro de cedro e cravo...”.
“Que cheiro bom tem a aragem mansinha...”.
“Brisa perfumada que chega ao entardecer...”.
“Cheiro de araçá adocicado...”.
“Cheiro de quintais e seus frutos...”.
“Cheiro de horta medicinal...”.
“Cheiro de mastruz e de hortelã...”.
“De erva cidreira e arruda...”.
“Cheiro de chá e de calor...”.
“Que cheiro bom é o do pomar...”.
“Cheiro gostoso e saboroso...”.
“Nas frutas apetitosas e coloridas...”.
“Nas mangas maduras e olorosas...”.
“Nas jacas moles querendo despedaçar...”.
“Cheiro de goiaba e sapoti...”.
“Cheiro de mamão e de pinha...”.
“Cheiro que adentra a alma...”.
“E deseja muito mais...”.
“Que cheiro bom o de leite da vaca...”.
“Leite no fogo a se derramar...”.
“Cheiro de cuscuz ralado...”.
“Cheiro sertanejo do milho verdoso...”.
“Cheiro inconfundível de café torrado...”.
“Café batido em pilão...”.
“E espumante na chaleira velha...”.
“Que cheiro do pão de forno...”.
“E também do bolo de macaxeira...”.
“De puba e de leite...”.
“Aquele cheiro forte de cocada bem feita...”.
“O caldeirão fervente de mel e açúcar...”.
“Cheiro de arroz doce e mungunzá...”.
“Cheiro de galinha de capoeira bem temperada...”.
“De buchada e sarapatel...”.
“E que delícia o cheiro da feijoada...”.
“E cheiro de toda sertão...”.
“Que cheira a perfume no coração...”.


Poeta e cronista
blograngel-sertao.blogspot.com

Nenhum comentário: