Flores
no cais
Nem só de solidão vive o cais
lágrimas não molham as pedras do cais
pois nos seus areais andejam amantes
e murmurejam tantas palavras de amor
que somente as flores caídas ao redor
compreendem os suspiros ali exalados
e são laços, traços e aromas ainda no ar
resquícios de passos e abraços por todo lugar
pétalas e poesias desfolhadas nas noites
varais do vento e valsa dançada em açoites
música suave nos corpos nas areias do cais
e as flores se abrindo desejando ter mais.
Rangel Alves da Costa
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