Nativo
Sou de mato
e sou de terra
de chão e de grão
sangue de seiva
veia de cipó
de araçá na boca
sol na feição
lua no olhar
tronco e raiz
flor numa mão
urtiga na outra
e uma vida
de sequidão
e de colheita
filho do tempo
também sou
sou de mato
e sou de terra
sou do sertão
tenho a dádiva
no coração.
Rangel Alves da Costa
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