SAIA DO SOL E DA CHUVA, ENTRE...

A morada é simples, é sertaneja, mas tem alimento para o espírito, amizade e afeto.



sexta-feira, 1 de maio de 2015

PALAVRAS SILENCIOSAS – 960


Rangel Alves da Costa*


“Saudade...”.
“O que é saudade?”.
“Saudade é um amor distante...”.
“Saudade é o desejo em voo...”.
“Saudade é a presença impossível...”.
“Saudade é ter sem presença...”.
“Saudade é espelho na memória...”.
“Saudade é a estrada mais curta...”.
“Saudade é o alcance com o coração...”.
“Saudade é a necessidade de ter...”.
“Saudade é a confirmação do querer...”.
“Saudade é o abraço no escuro...”.
“Saudade é uma porta que se abre...”.
“Saudade é o que sinto...”.
“Saudade é o que mais ser feliz...”.
“E ao mesmo tempo sofrer...”.
“Como dói desejar e não ter...”.
“Como dói querer na distância...”.
“Como dói imaginar realidades...”.
“Como dói o contentamento da ausência...”.
“Como dói essa lágrima solitária...”.
“Tão molhada de tristeza e de saudade...”.
“Pensei que a saudade era ventania...”.
“Chegando forte e seguindo adiante...”.
“Pensei que saudade pudesse ser suportada...”.
“Com outro pensamento...”.
“Pensei que a saudade...”.
“Fosse a medida do merecer...”.
“Pensei que a saudade...”.
“Fosse sentimento apenas passageiro...”.
“Pensei que saudade...”.
“Envelhecesse e sumisse na saudade...”.
“Pensei que a saudade...”.
“Fosse alento ao que virá redobrado...”.
“Pensei que a saudade...”.
“Pudesse ser colocada em varal para secar...”.
“Mas como pensei errado...”.
“Como me descuidei da saudade...”.
“E não quis acreditar...”.
“Que a saudade nos deixa pela metade...”.
“Que a saudade leva um pouco de nós...”.
“Todas as vezes que bate asas...”.
“E segue na direção...”.
“Buscando encontrar...”.
“Aquilo nos afaste do tormento...”.
“De ter tanta saudade...”.


Poeta e cronista
blograngel-sertao.blogspot.com

Nenhum comentário: