Cultivando
os campos do coração
Porque ainda não desumanizei
porque ainda não embruteci
e cultivo jardins e hortas
e colho flores e esperanças
e procuro avidamente o amor
como o coração que tem de amar
para não sufocar na desesperança
por isso ainda tanto amo
ainda faço serestas e serenatas
escrevo versos e bilhetes
desenho corações pelo ar
e imagino feições nas nuvens
e beijos na brisa que passa
e sonho o amor dos amantes
mas nada acontecido ao acaso
eis que cultivo os campos do coração
eis que persigo o desejo semeado
e espero um dia a grande colheita
do amor o seu grão alentado.
Rangel Alves da Costa
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